Dear World:

Desde 2019, projetamos, gerenciamos e armazenamos nossa coleção inteira em instalações certificadas pela Passive House, que produzem mais energia do que consomem, interferindo o mínimo possível no meio ambiente.

Fazemos tudo isso a partir de Arnedo, em La Rioja, uma região com uma grande tradição em fabricação de sapatos, onde a Victoria nasceu há mais de 100 anos, e onde a maioria de nossas fábricas está localizada, tornando o transporte de nossos sapatos mais ágil e sustentável.

Produzimos 80% de nossa coleção na Espanha, entre Alicante e La Rioja, duas regiões tradicionais na fabricação de sapatos, aproveitando assim o conhecimento de uma indústria centenária. O processo de fabricação ainda é em grande parte manual e algumas partes não mudaram há mais de 60 anos. Os modelos que não conseguimos produzir localmente são fabricados na China, cumprindo todos os requisitos sociais e ambientais com os quais trabalhamos.

Nosso principal método de fabricação é a vulcanização, através da qual 'assamos' a borracha natural diretamente no corte do sapato, alcançando uma ligação ultra-resistente sem colas ou adesivos.

Este método aplicado ao calçado foi inventado em La Rioja na década de 1950, e a Victoria foi uma das primeiras empresas a incorporá-lo em sua produção, razão pela qual estamos vulcanizando sapatos manualmente, um por um, há mais de 60 anos.

Por anos, nossas caixas de pares têm sido feitas de papelão reciclado, de uma única peça, auto-montáveis, apenas com duas tintas à base de água e sem colas ou vernizes que dificultem sua reciclagem subsequente. E desde 2019, todos os nossos outros elementos de embalagem também têm sido reciclados: desde as caixas de armazenamento até o papel de embalagem e cada etiqueta, todos ostentando o selo FSC.

Eliminamos permanentemente o pouco plástico de uso único que utilizávamos e incorporamos sacolas de envio online com 70% de material reciclado e reciclável para garantir a perfeita condição dos sapatos desde nossas instalações até o destino.

Consumimos aproximadamente 16.000 kg de algodão por ano, e a origem do algodão é muito importante para nós. Utilizamos algodão orgânico Km 0, cultivado na Andaluzia, fiado na Catalunha e tecido em Alicante, conforme garantido por nosso certificado assinado pelo laboratório externo Eurofins. Naturalmente, as culturas são livres de sementes transgênicas.

O fato de a matéria-prima vir o mais próximo possível de nossas fábricas reduz grandemente o transporte e, portanto, as emissões de carbono derivadas dele. Isso também nos proporciona agilidade e rapidez nos envios e controle direto da produção e tingimento das cores das coleções.

Além disso, este ano conseguimos garantir que 4.500 kg desses 16.000 kg sejam de algodão reciclado, reduzindo assim o consumo de matérias-primas e dando uma segunda vida a todos esses kg de algodão que estavam destinados a se tornar resíduos.

Desde 2020, todos os nossos algodões tingidos também são reciclados. Juntamente com nosso fornecedor, desenvolvemos um produto único no mercado, um algodão específico para tingimento com 30% de material reciclado pré-consumo, que chamamos de DREC® (Algodão Ecológico Reciclado Tingível). Graças a isso, conseguimos reduzir nosso consumo de matéria-prima em 4.500 kg por ano.

Nossos couros, de diversas fontes, são certificados com pelo menos uma medalha de prata pela auditoria independente do Leather Working Group, que abrange elementos-chave da fabricação de couro, incluindo rastreabilidade, responsabilidade social, saúde e segurança e gestão química.

Eles também são, naturalmente, livres de substâncias tóxicas.

Chamado de cautchouc, ou "árvore chorona" pelos povos indígenas da Amazônia, o látex da árvore Hevea tem sido usado há séculos para fazer diversos objetos.

Nós o vulcanizamos, em um processo inventado em La Rioja na década de 1950, aplicando calor e pressão em um molde como se fosse uma waffle, "assando" diretamente nos tecidos do cabedal do sapato e assim conferindo-lhe qualidades extraordinárias de resistência à flexão, abrasão e desgaste, sem a necessidade de usar colas ou adesivos.

Você sabia que eles têm cheiro de morango? A escassez de matérias-primas no período pós-guerra significou que tivemos que usar borracha de pneus velhos e essência de morango para cobrir o mau cheiro.

Embora tenhamos voltado a usar borracha bruta assim que pudemos para não prejudicar a durabilidade de nossas solas, o cheiro de morango é algo que se tornou parte de nossa história e nossa identidade.

Participamos de um projeto de P&D com nossos fornecedores de PVC para desenvolver um pellet que substitui os óleos minerais na composição deste polímero por óleos vegetais de soja e cereais, que se degradam mais rapidamente na natureza, reduzindo o impacto ambiental de nossos modelos de moldagem por injeção.

Para nós, a sustentabilidade muitas vezes é um equilíbrio entre os padrões de qualidade e resistência à abrasão, flexão e desgaste com os quais testamos todos os nossos produtos e o compromisso de reduzir as matérias-primas que usamos neles. Porque não devemos esquecer que a moda mais sustentável é aquela que já foi produzida. Se conseguirmos prolongar a vida útil de nossos sapatos ao máximo, não será necessário substituí-los por muito tempo.

Até agora, conseguimos garantir que muitas de nossas solas de TR (Borracha Termoplástica) contenham entre 20 e 30% de material reciclado em sua composição.

Também usamos poliuretano reciclado pré-consumo como o núcleo de nossas solas de PVC para evitar o aumento do uso e do peso da matéria-prima.